Minha Cidade
Na Minha Cidade vejo tucanos nas árvores, saguis saltando de galho em galho, pássaros cantando a qualquer hora do dia e da noite, bicho-preguiça atravessando a rua; conheço e convivo com meus vizinhos, respiro ar puro e sinto o clima agradável por conta da vegetação.
Minha vida tá aqui, em Itapecerica da Serra, onde nasci, constituí família, aprendo e cresço a cada dia, como cidadão e profissional. Cidade que sempre me traz alegrias e conquistas. É como se Itapecerica da serra fizesse parte do meu DNA.
Em quase quatro décadas de vida, vejo a Minha Cidade (que amo d+), a caminho de seus 143 anos de emancipação político-administrativa passando por um “dilema”. Área de Proteção de Mananciais da Região Metropolitana de São Paulo, Itapecerica da Serra tem avançado pouco em questões fundamentais, como geração de emprego e renda.
Basta uma vista panorâmica da cidade, rodeada por sua Mata Atlântica, exuberante, para entender o tamanho do “dilema”. Se por um lado, a preservação impede uma grande evolução industrial, por outro, sua beleza natural e seu ar de Serra proporcionam um convite à qualidade de vida, em meio à magia. Magia como o poema “Vende-se”, de Olavo Bilac.
“Vende-se encantadora propriedade onde cantam os pássaros, ao amanhecer, no extenso arvoredo. É cortada por cristalinas e refrescantes águas de um ribeiro. A casa, banhada pelo sol nascente, oferece a sombra tranquila das tardes, na varanda.”
A exemplo do poema, quem vive na Minha Cidade, algumas vezes, só consegue enxergar o que possuí quando pega emprestado os olhos alheios. Quero ser esse olhar, e, como cidadão, ressaltar os encantos da Serra e apresentar possibilidades de melhora. Bora nessa caminhada?
Abraço fraterno,
Kinho Brito